08 fevereiro, 2012

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Harry Potter fecha um ciclo de uma geração e da chamada cultura POP

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Toda geração precisa de um fenômeno POP violento para chamar de seu. Se Star Wars delimitou a cultura ianque dos anos 70 e 80 e, após um hiato de crise de identidade da sociedade do espetáculo na esquisita década de 90, um bruxinho britânico subiu inesperadamente para o olimpo da representatividade estética de um tempo: Harry Potter.

Com apuro literário da escritora J K Rowling, bem acima da média atual por sinal, a saga possui méritos pela bem construída sustentação dramatúrgica de sua trama que, não tem nada de novo (centralizar uma história num escolhido que pode mudar o todo de um universo é tão surrado quanto a punhetação do amor impossível por famílias rivais Shakespeareano), mas é na facilidade em impetrar um universo próprio e uma justificativa dramática para tal que reside o sucesso da franquia, também cinematográfica.

Desde 2001, com intervalos quase anuais, éramos imersos em cada interpretação artística de um dos sete livros para o cinema. Agora, a sensação do fim é tão pungente quanto histórica. O bom diretor David Yates costura bem o amadurecimento de seu herói sob o foco da urgência (bem condizente com seu trabalho realista na tv britânica) e, ainda que não consiga alicerçar bem todos os desfechos na guerra anunciada que toma conta de mais da metade do filme (como o fim da bruxa Belatriz Lestrange e a própria participação de Rony em si, ambas banais) manteve a dignidade da superprodução para além da expectativa que a cercava.

Se tornou difícil analisar o filme isoladamente – talvez numa tentativa esforçada, dê para dizer que a primeira parte desse final é melhor, mas assim como O Senhor do Anéis: O Retorno do Rei, que ganhou um Oscar para toda a trilogia, “Harry Potter e as Relíquias da Morte, parte 2″ honra toda saga e finaliza com a ideia bem compreendida de que a maturidade, não só de Harry mas de todo o universo que o cercou em sete livros e oito filmes, resultou em um alegoria caprichada e inteligente daquilo que se entende por magia. Pronto, que venha a próxima década para nos trazer universos próprios e legítimos e estabeleça o cinema como porta de diálogo para uma geração.

Harry Potter e as Relíquias da Morte, parte II:

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